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Muito se fala sobre liderança e a todo momento somos apresentados a novas referências, vindas do mundo empresarial e fora dele. Os modelos são constantemente reinventados e têm sempre como promessa a garantia de inspiração, engajamento e produtividade. É fato que o tema é o calcanhar de Aquiles de muitas empresas, que muitas vezes ficam desnorteadas em meio a tantas propostas de transformação por não conseguirem enxergar com clareza como essas fórmulas podem se encaixar no seu contexto específico.
Liderança também é um business
É preciso ter em mente que não há encaixe perfeito, não existem métodos mágicos e dificilmente um modelo pré-estabelecido ou validado em outro negócio atenderá perfeitamente as necessidades de uma empresa. A liderança como diferencial competitivo é uma demanda crescente e torna o assunto cada vez mais popular. A literatura é vasta e a gama de produtos cresce exponencialmente, assim como o marketing em torno do tema. Essa democratização é positiva, mas, como em todo meio difundido, é importante ter cautela ao buscar orientação. A escolha de uma conduta incorreta pode piorar os resultados ou gerar frustração e sensação de incapacidade.
A necessidade de ser realista
Parte da frustração ao investir na liderança se dá pela diferença entre o que deveria ser feito e o que é feito de fato, portanto, o conhecimento é importante para ampliar os horizontes do pensamento e usar ideais para sair do lugar comum, mas é necessário adaptar as ações ao cenário particular. Além disso, a realidade deve estar presente na abordagem dos líderes, que devem oferecer uma visão idealista e inspiradora – afinal, todos querem fazer parte de algo importante e frutífero – mas garantir que conhece os desafios internos e externos e está disposto a enfrentá-los junto com o time. Portanto, a realidade como fator de resultado positivo pode ser considerada de duas formas: na ilustração do cenário e na postura de quem lidera.
Eliminando os excessos
As percepções e orientações que cada um tem em relação à liderança são diferentes, por isso ao se refletir sobre o tema pode ser mais produtivo manter a simplicidade. É preciso cortar as irrelevâncias e os exageros que “glamourizam” o assunto para encontrar os aspectos essenciais. Essa medida pode garantir a consistência e a manutenção do resultado em longo prazo. Então, após avaliar com honestidade as peculiaridades do negócio e suas pessoas, vale focar nas reais necessidade de mudança e avaliar as formas mais simples de fazê-las.
A liderança é um exercício
Gestores têm diversos desafios, em comum e específicos, mas, mercadologias e discussões conceituais à parte, existem pontos que todo líder pode considerar em sua abordagem para fortalecer o time e enfrentar as dificuldades, independente da natureza delas:
Lidere a si mesmo antes de liderar outros:
Ao pensar em liderança o grupo pode vir logo à mente, mas a base de uma boa jornada está na parte que se faz sozinho. Muito mais do que se pensa, o gerenciamento das próprias emoções e comportamento define como os outros vão reagir ao líder. Por isso, inteligência emocional e autoconhecimento são assuntos importantíssimos para quem precisa e quer influenciar e guiar outros. O bom líder deve, principalmente, se manter positivo, pois é ele quem estabelece o humor do time, adaptar-se quando necessário, abraçar a incerteza externa e manter-se humilde, aceitando que ninguém sabe tudo.
Seja transparente:
A transparência é a origem da confiança. Se um gestor espera maturidade e engajamento dos seus liderados, é necessário tratá-los de forma condizente. Não dividir informações, por exemplo, e deixar que os colaboradores sejam pegos de surpresa por decisões que os afetam diretamente pode gerar desconfiança. O ser humano, em geral, precisa de segurança e os colaboradores respondem melhor quando sabem o que acontece. Além disso, é importante não negar assuntos desconfortáveis como resultados ruins e questões impopulares.
Estabeleça limites: Esse ponto está diretamente ligado ao anterior. Por questões estratégicas, manutenção emocional do time e outros motivos não é possível dividir todas as informações com os colaboradores. Dificilmente uma estrutura empresarial, principalmente as mais complexas, comporta essa possibilidade. O líder deve ter maturidade para entender o que deve ser dividido com o time e o que deve ser mantido em sigilo.
Pratique: Dar o exemplo é a melhor forma de liderar. O líder define o tom e mostra como responder. Para isso, e principalmente em tempos de trabalho remoto, vale agir e comunicar as ações. A conversa é muito importante porque abre espaço para discussão de como lidar com as situações e deixa claro as estratégias o líder segue. Formalizar as expectativas e mostrar o que está fazendo são formas de aproximar e incutir hábitos culturais.
Comunique-se com eficácia: A comunicação garante resultados, fortalece a cultura e faz com que as pessoas sintam que pertencem. Esse assunto tem muitas camadas, mas há dois pontos imprescindíveis:
Sempre há algo a ser dito. Mesmo que não exista um tema a ser abordado, é importante criar o hábito de informar ações menores e rotineiras. Simples atualizações podem fazer toda diferença no engajamento;
Ouvir. Comunicar não é apenas falar, portanto, ouvir ativamente é tão importante quanto ter o que dizer.
Aprenda a delegar: Pode parecer contraintuitivo para alguns, mas o líder deve deixar o time tomar decisões. Quem está na posição de delegar deve ter em mente que ninguém será exatamente igual, mas que isso pode trazer riqueza para o time quando há alinhamento estratégico. Portanto, respirar fundo, superar o impulso de estar à frente das decisões e empoderar as pessoas pode ser um caminho para os bons resultados.
Por uma liderança menos solitária
Muitos gestores relatam que se sentem sozinhos. Alguns por acreditar que devem ter todas as respostas e outros porque percebem um distanciamento vindo dos demais. De fato, as pessoas por vezes passam a ver o líder como uma entidade, alguém que está em um nível superior. Essa desigualdade se torna uma espécie de aura, algo que não palpável, mas está presente no dia a dia e pode gerar desconfiança, falta de engajamento e inefetividade. Porém, ao estabelecer uma rotina que contemple os pontos acima o líder consegue se colocar à frente, e não acima do time, e ter mais chances de conseguir os resultados desejados.
A liderança exige constância
Se não há um modelo ideal e cada gestor deve identificar seu próprio caminho na liderança, como encontrar o jeito mais adequado de conduzir um time? Essa clareza chega através da constância e da presença. Liderar não é sobre ter as respostas, é sobre escoltar o time ao longo de uma estrada enevoada. Está mais relacionado a desenvolver em si e nos outros as características necessárias para encontrar alternativas e seguir em frente.
Uma liderança eficiente ultrapassa barreiras físicas e faz com que as pessoas se sintam conectadas e importantes. Por isso, vale lembrar, a única coisa errada a se fazer é fazer nada. Portanto, é crucial manter-se em movimento no dia a dia, focando sempre no essencial, no que de fato faz diferença. “A simplicidade é o último grau de sofisticação”. A frase de Leonardo da Vinci pode ser um bom mote para a liderança, pois trabalhar apenas com o essencial e subtrair os aspectos desimportantes pode garantir grandes transformações em um grupo.