Preparado para a próxima surpresa? - Como planejar e tomar decisões em cenários voláteis
“Parece que estamos sempre tomando decisões atrasadas”
“Os resultados, por mais que trabalhemos, já não são os mesmos”
“Precisamos fazer algo, mas as dúvidas nos paralisam”
“Não temos certeza de que estamos no caminho certo”
São algumas das muitas colocações feitas diariamente por empresas que buscam apoio em consultorias, fundamentalmente porque os negócios já não alcançam os resultados desejados. A maioria destas questões está associada à Gestão da Mudança e a falta de interpretações e respostas adequadas para as novas demandas que surgem. A exposição à imprevistos é permanente e não podemos evitar seus efeitos. A instabilidade já se tornou regra, vivemos em um lago repleto de cisnes negros (Taleb, 2007), por isso a volatilidade é uma componente tão importante a ser considerada na gestão e a antecipação aos acontecimentos, por consequência, um diferencial na estratégia de qualquer negócio.
Um fim à negação
Não importa a origem do evento, é preciso saber responder de forma oportuna às novidades que se apresentam. Para isso, é essencial aceitar que o que dá certo hoje pode não funcionar no futuro para então observar sem resistência as movimentações em curso, avaliar os possíveis impactos nos negócios e responder às mudanças. Quando a rejeição ao desconhecido acaba é possível perceber e avaliar com mais clareza os temas que podem alterar os rumos das empresas. Avanços tecnológicos acontecem em velocidade progressiva, a revolução da matriz energética segue acontecendo, a longevidade da população está aumentando, a economia do compartilhamento vem se consolidando e a pluralidade social progride aceleradamente, alterando estruturas e hábitos de consumo. Esses são apenas alguns exemplos que merecem atenção.
Adeus ao rebanho
Os ciclos econômicos são velhos, mas ainda menosprezados, companheiros dos gestores que, por resistirem às mudanças aderem, mesmo sem perceber, a comportamentos de manada em momentos decisivos. Parte dessa tendência se dá pela insegurança que o despreparo e a falta de domínio do próprio cenário geram, que cria a falsa impressão de que os outros sabem mais. Nietzche escreveu: “A loucura é uma exceção nos indivíduos, mas a regra nos grupos.” Um grupo pode sim ser mais inteligente que um indivíduo, mas agir sem pensamento independente e sem consideração às particularidades de um negócio pode levar os gestores a decisões equivocadas.
A pergunta sem resposta
Se a única certeza é a mudança, por que as novas propostas ainda são rejeitadas? Não há apenas uma resposta, mas a preocupação com status, a insegurança, o medo do desconhecido e a pressão por resultados imediatos podem ser citados como alguns dos fatores relevantes. Os aspectos comportamentais e culturais são peças importantes nesse quadro e para que as empresas prosperem ao longo do tempo é necessário que a gestão da mudança seja um hábito presente em todas os níveis da organização. Para qualquer que seja o momento e estrutura empresarial, existem ações que auxiliam a criação de uma cultura de aceitação à mudança e que podem tornar a chegada do futuro menos temerosa e confusa:
Perseguir a realidade da forma mais ampla possível, correlacionando o global e o local.
Distinguir as tendências relevantes que vão afetar os mercados de interesse.
Identificar as mudanças que poderão atingirão a empresa, colaboradores e seus produtos e/ou serviços.
Promover novas condições que permitam a aceitação do novo, do diferente e da inovação.
Planejar hierarquizando as ações vitais e ter planos de contingência.
Implementar com eficiência, proporcionando a internalização do conhecimento, das competências e das ferramentas de gestão.
Criar e acompanhar de perto os indicadores relevantes e corrigir os desvios.
Retroalimentar o processo. Voltar ao início para aprimorar o método.
Tais ações e seus desdobramentos podem parecer simples e familiares em um primeiro momento, mas são bastante desafiadores por exigirem que líderes e times abandonem a zona de conforto. A importância de se garantir um bom timing também é indiscutível, afinal, a ação certa na hora errada pode não ter efeito. Além disso, vale lembrar que roteiros só tomam vida através das pessoas, portanto, é essencial cuidar das dúvidas e sentimentos dos colaboradores acerca do assunto. Se eles não tiverem predisposição a mudar, nenhuma estratégia, por melhor que seja, sairá do papel.
Convém nos lembrarmos da citação de Benjamim Graham que diz: “A única verdade incontestável que o passado nos ensina é que o futuro sempre nos surpreenderá”. É essencial aceitar a incapacidade de prever e a necessidade de nos movimentarmos constantemente para desbloquearmos o potencial de criação e adaptação, nos antecipando às novas situações e desafios, sejam eles quais forem.
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